sexta-feira, 16 de julho de 2010

Esqueleto biônico

Cientistas americanos desenvolveram um esqueleto biônico externo capaz de se movimentar facilmente, além de possibilitar levantar pesos de até 100 Kg. Inicialmente terá aplicações militares.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Blagh!!!

Porcentagem de proteínas nos alimentos, segundo defensores da nova cozinha ecológica

Carne bovina
20%

Cupins
23%

Gafanhotos
46%

Moscas secas
67%

Bom apetite... blagh!!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Como pronunciar o nome do vulcão islandês

Recentemente, o vulcão Eyjafjallajökull entrou em erupção na Islândia, causando um enorme transtorno para o tráfego aéreo. Por causa da fumaça e cinzas expelidas pelo vulcão, muitas companhias aéreas tiveram que cancelar os vôos, por motivos de segurança.
Achou o nome complicado? A pronuncia é "êivdluk" ! Ainda achou difícil? Então assista no vídeo a maneira correta de pronunciar o nome:



quarta-feira, 5 de maio de 2010

Barreira do Som


O som, como sabemos, viaja através de ondas, usando um meio de propagação, no nosso caso o ar. Essas ondas, chamadas ondas de pressão, desenvolvem-se da mesma maneira quando jogamos uma pedra sobre um lago. Uma onda circular se forma no ponto em que a pedra atinge o lago e se afasta, expandindo-se a uma velocidade constante. Se atirarmos várias pedras no mesmo ponto em intervalos regulares, formaremos ondas concêntricas.

É o que ocorre com um emissor de som, como o avião. A velocidade de propagação dessas ondas é o que chamamos de velocidade do som, que ao nível do mar em condições de atmosfera padrão é de 1.226 km/h., e diminui com a queda da temperatura do ar. Ficou convencionado que, quando um avião se desloca com uma velocidade igual à do som, ele está voando a Mach 1. Esta unidade é uma homenagem ao físico austríaco Ernst Mach que, pela primeira vez, mediu a velocidade de propagação do som no ar.

1. Subsônico
2. Mach 1
3. Supersônico
4. Onda de choque

Quando um objeto qualquer, como um avião, se desloca na atmosfera, comprime o ar à sua volta, principalmente à frente. Desta forma cria ondas de pressão, da mesma maneira que a pedra atirada no lago.

Quando um avião voa a uma velocidade inferior à do som, as ondas de pressão viajam mais rápido, espalhando-se para todos os lados, inclusive à frente do avião. Assim, o som vai sempre na frente.

Se o avião acelerar para uma velocidade igual a do som (Mach 1), ou seja, da velocidade de deslocamento de suas ondas de pressão, este estará comprimindo o ar à sua frente e acompanhando as ondas de pressão (o seu próprio som) com a mesma velocidade de sua propagação. Isso resulta num acúmulo de ondas no nariz do avião. Se o avião persistir com essa velocidade exata por algum tempo, à sua frente se formaria uma verdadeira muralha de ar, pois todas as ondas formadas ainda continuariam no mesmo lugar em relação ao avião. Esse fenômeno é conhecido como Barreira Sônica.

Se o avião continuar a acelerar, ultrapassando a velocidade do som, ele estará deixando para trás as ondas de pressão que vai produzindo.

Um avião só pode atingir velocidades supersônicas se, entre outras coisas, sua aceleração permitir uma passagem rápida pela velocidade de Mach 1, evitando a formação da Barreira Sônica.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Samsung cria memória RAM de 32GB


A Samsung anunciou um novo pente de memória DDR3 que, segundo a empresa, possui a maior densidade do mercado.

Criado para uso em servidores de alto desempenho, este pente de 32GB utiliza 36 chips DDR3 dual-die de 4Gb. O anúncio da empresa foi feito um ano depois dela ter anunciado seu pente RDIMM de 16GB.

De acordo com a Samsung, um servidor two-way com dois processadores que utilizar este novo pente pode suportar até 384GB de memória RAM!!!

A empresa iniciará a produção em massa do novo pente de memória ainda em abril.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Comparação dos astros de nosso Sistema Solar

Comparando o tamanho dos planetas e de algumas estrelas, você vai ver que, mesmo Júpiter, o gigante gasoso do nosso sistema solar, não é tão grande quanto você pensa.

Para que possamos comparar melhor o tamanho dos diversos astros, vamos observar algumas imagens.

A primeira delas nos mostra que a Terra e Vênus tem tamanho muito parecidos. O raio equatorial da Terra é de 6378 km, enquanto o de Vênus, 6051 km. Uma diferença não muito grande.

Marte, por sua vez, é bem menor. Seu raio é de 3397 km, ou seja, um pouco maior que a metade do nosso planeta. Marte é 1.3 vezes maior que Mercúrio, com 2439 quilômetros de raio, que por sua vez é o dobro de Plutão, com 1160 km. Não é a tôa que Plutão foi rebaixado, não acha? A maioria dos telescópios de médio porte, usado por amadores, não consegue vê-lo. Plutão é menor que nossa Lua, que tem 1738 quilômetros de raio!

Gostou dessa comparação? Então vamos à próxima.
Ela nos mostra os gigantes gasosos, como são conhecidos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Júpiter, o maior planeta do sistema solar, tem 71492 quilômetros de raio, 11 vezes maior que o raio do nosso planeta. Se fosse ôco, caberia mais de 2 mil Terras dentro dele! Saturno, o segundo maior planeta, não fica atrás. Seu raio é de 60268 quilômetros.

Bem menores, Urano e Netuno têm 51108 e 49538 quilômetros de raio, mesmo assim, aproximadamente 8 vezes maiores que Terra. A figura mostra bem o quanto somos pequeninos perto desses gigantes de gás !

Na sequência vemos o Sol. Seu raio, de 695 mil quilômetros é 100 vezes maior que o raio terrestre. Mesmo o gigantesco Júpiter não passa de uma bolinha de gude quando comparado ao astro-rei. Veja que a Terra, nossa bela Terra, não atinge sequer o tamanho de uma pulga !


Para se ter uma idéia melhor das proporções de nosso Universo, veja esse vídeo:


terça-feira, 13 de abril de 2010

10 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE O PLANETA TERRA

Novas tecnologias, estudos mais aprofundados permitem aos cientistas brindar-nos com novas curiosidades relacionadas ao planeta em que vivemos. Pode parecer bobagem saber que determinado fenômeno irá acontecer daqui a 10 mil anos, mas o que resulta extremamente interessante é saber que tal fenômeno existe.

1. A gravidade não é uniforme:
Ainda que os cientistas desconheçam o motivo, o verdadeiro é que a força gravitacional varia à medida que nos deslocamos pelo planeta, de maneira que nosso peso não é objetivamente o mesmo no Brasil e em Portugal, por exemplo.Crê-se que as causas podem estar relacionadas às profundas estruturas subterrâneas e ter alguma relação com a aparência da Terra num passado longínquo. Atualmente, dois satélites gêmeos do programa GRACE escrutam meticulosamente o planeta para elaborar um mapa gravitacional mais detalhado.

2. A atmosfera foge:
Algumas moléculas situadas no limite da atmosfera terrestre incrementam sua velocidade até o limite que lhes permite escapar da força gravitacional do planeta. O resultado é uma lenta, mas constante fuga do conteúdo de nossa atmosfera para o espaço exterior. Devido a seu menor peso atômico, os átomos soltos de hidrogênio atingem sua velocidade de escape com mais facilidade e sua saída para o espaço é a mais freqüente. Felizmente para a vida em nosso planeta, o abundante oxigênio preserva a maior parte do hidrogênio bloqueando-o em moléculas de água e o campo magnético da Terra protege o planeta da fuga de íons.

3. A rotação não é constante:
A velocidade com que a Terra gira sobre seu próprio eixo não é constante, senão que sofre pequenas alterações que fazem variar a duração de nossos dias. Mediante a sincronização de diferentes radiotelescópios desde diferentes latitudes, e graças aos modernos sistemas de GPS, os cientistas conseguiram medir com precisão estas pequenas variações na velocidade de rotação e constataram que a maior delas se produz entre os meses de janeiro e fevereiro, quando os dias são mais longos por uns poucos milésimos de segundo. Esta variação deve-se à interação gravitacional da Terra e a Lua, mas também pela forte atividade da atmosfera no hemisfério norte e a fenômenos meteorológicos como "El Niño". Por pôr um exemplo, alguns experientes acham que a tsunami da Indonésia reduziu a duração do dia em 2,68 milionésimos de segundo.

4. Os cintos de Van Allen:
Ao redor da Terra existem zonas de alta radiação – uma interior e outra exterior - denominadas cinturões de Van Allen (em honra ao seu descobridor) e situadas a uma altura de 3.000 e 22.000 km sobre o equador. Estes cinturões são formados por partículas de alta energia, sobretudo prótons e elétrons, cuja origem esteja provavelmente nas interações do vento solar e dos raios cósmicos com os átomos constituintes da atmosfera. A potência da radiação é tal que os cinturões são evitados pelas missões espaciais tripuladas, dado que poderiam aumentar o risco de câncer dos astronautas e prejudicar gravemente os dispositivos eletrônicos. Em 1962, os cinturões de Van Allen foram alterados pelos testes nucleares dos EUA no espaço o que provocou que vários satélites ficassem de imediato fora de serviço.

5. A Terra e a Lua distanciam-se:
Desde há vários milhões de anos que a Lua está se afastando da Terra a um ritmo lento, mas constante. Os cientistas calculam que a taxa de afastamento é de uns 3,8 centímetros ao ano, o que em longo prazo chegará a levar a Lua até uma distância crítica. No entanto, os astrônomos acham que dentro de 5 bilhões de anos, quando o Sol se converterá numa gigante e vermelha atmosfera em expansão, provocará que o processo se reverta. A Lua voltará a aproximar-se da Terra e acabará por se desintegrar ao superar o denominado limite de Roche (18.470 quilômetros sobre nosso planeta) explodindo em mil pedaços e formando um espetacular anel, como o de Saturno, ao redor da Terra.

6. Marés na atmosfera:
Ainda que o efeito seja quase inapreciável, uma variação de parcos 100 microbares, os cientistas comprovaram mediante detalhadas medições estatísticas que a força da Lua não só desloca os mares e a terra senão também a massa de ar que rodeia nosso planeta. Ainda que o movimento seja tão pequeno que mal supõe 0,01 por cento da pressão normal na superfície, o dado revela que o poder gravitacional da Lua é capaz de mudar muita coisa.

7. Um estranho "bamboleio":
O denominado "bamboleio de Chandler" é o único movimento da Terra para o qual ainda não existe uma explicação convincente. Descoberto em 1891 pelo astrônomo Seth Carlo Chandler, trata-se de uma variação irregular no eixo de rotação da Terra que provoca um deslocamento circular entre 3 e 15 metros ao ano nos pólos terrestres. Sobre este movimento foram lançadas todo tipo de teorias, inclusive que causa o movimento das placas tectônicas, terremotos e erupções. Ou ainda que detona fenômenos como "El Niño" ou o aquecimento global. Em julho do ano 2000, uma equipe de cientistas estadunidenses anunciou que a causa do bamboleio estava nas flutuações de pressões no fundo do oceano. Segundo esta teoria, este movimento no fundo dos mares mudaria a pressão exercida sobre a superfície terrestre, e provocaria o estranho bamboleio dos pólos. Suas teorias ficaram no ar após que entre janeiro e fevereiro de 2006 laboratórios de todo mundo comprovassem que o movimento tinha cessado por completo, numa anomalia que ainda não souberam explicar.

8. A Terra é um grande circuito elétrico:
Perfeitamente localizados a ambos lados do equador, a Terra dispõe de oito circuitos fechados de corrente elétrica que permitem a troca de carga entre a atmosfera e a superfície através de fluxos verticais. Em condições de bom tempo, os cientistas observaram um fluxo de carga positivo que se move desde a atmosfera para a Terra por causa da carga negativa de nosso planeta. Depois de anos de observação do comportamento das tormentas e as variações na ionosfera, a hipótese preferida hoje pelos cientistas é que este fluxo descendente de corrente positiva é contrária aos elétrons que são tranferidos à Terra durante as tormentas. Mesmo assim, ainda falta uma explicação plausível com relação a forma em que as variações na ionosfera afetam à formação de tormentas.

9. Toneladas de material cósmico caem a cada ano da atmosfera:
Segundo dados do space.com, a quantidade de pó cósmico que cai a cada ano na Terra supera as 30 mil toneladas. A maior parte deste material procede do cinturão de asteróides situado entre Marte e Júpiter. Os fragmentos provem dos constantes choques entre asteróides e são arrastados para o interior do sistema solar. Uma boa quantidade deles estão entrando permanentemente em nossa atmosfera.

10. Os pólos magnéticos da Terra mudam constantemente de lugar:
O campo magnético da Terra varia no curso de eras geológicas, é o que se denomina variação secular. Durante os últimos cinco milhões de anos efetuaram-se mais de vinte mudanças e a mais recente foi há 700 mil anos. Outras inversões ocorreram há aproximadamente 870 e 950 mil anos. Não se pode predizer quando ocorrerá a seguinte inversão porque a seqüência não é regular. Certas medições recentes mostram uma redução de 5% na intensidade do campo magnético nos últimos 100 anos. Mantido este ritmo, os campos voltaram a se inverter dentro de uns 2 mil anos.

domingo, 4 de abril de 2010

Simulador de Alunagem

Estudo das Leis de Newton com a ajuda de um simulador de alunagem. Será que consegue evitar os pedregulhos e alunar em segurança antes que o combustível se esgote, tal como fez Neil Armstrong em 1969?


Nota: Necessita de ter Java instalado no seu computador)

Esta versão de um jogo de vídeo clássico simula rigorosamente o movimento real do módulo de alunagem, com a massa correta, impulso, consumo de combustível e gravidade lunar.

Não é nada fácil de controlar mas, mesmo assim, o verdadeiro módulo é ainda mais difícil de manobrar.

Jogue, mas jogue pensando nas Leis de Newton. Dessa forma será mais fácil aprender a controlar o módulo.

Ative a opção de mostrar vetores e repare que, como seria fácil de concluir, a verde aparece o vetor velocidade e a vermelho e amarelo o vector força aplicada. Relacione as suas intensidades, direções e sentidos e o controle torna-se mais fácil. "Vemos" a Física em ação.

sábado, 27 de março de 2010

Matemático recusa prêmio de US$ 1 mi !


O matemático Grigory Perelman fez o mais difícil: resolveu um problema proposto por Henri Poincaré mais de um século atrás. Pela resolução do teorema conhecido por conjectura de Poincaré, o russo foi homenageado com dois grandes prêmios. O primeiro é a medalha Fields, chamada de "Nobel" da matemática. O segundo, nada menos que US$ 1 milhão (R$ 1,78 milhões). Perelman recusou ambos, informou o The Guardian.

A primeira recusa aconteceu em 2006. Na época, Grigory Perelman decidiu ficar em casa, em São Petersburgo, enquanto os grandes gênios da matemática se reuniam em Madri para o congresso da União Matemática Internacional. No evento, ele deveria receber uma medalha Fields pelo problema publicado em 2002, mas não compareceu. Agora, o matemático recusou o dinheiro oferecido pelo Instituto Clay de Matemática, em Cambridge, no Estado americano de Massachusetts.

Atualmente desempregado, ele continua morando em São Petersburgo com sua mãe e sua irmã em um pequeno apartamento (segundo o Guardian, ele tem seu próprio flat, aparentemente cheio de baratas, mas raramente o utiliza). Perelman se recusa a conversar com jornalistas. Recentemente disse para um repórter que o telefonou: "Você está me perturbando. Estou colhendo cogumelos". A imagem de excentricidade é confirmada pelos vizinhos.

"Ele está sempre usando a mesma roupa. Ele nunca corta as unhas ou faz a barba. Quando caminha, simplesmente fica olhando para o chão, nunca olha para os lados", disse um vizinho a um jornal de Moscou. Sergei Kisliakov, diretor do Instituto de Matemática Steklov, em São Petersburgo, tenta entender o colega. "Ele possui estranhos princípios morais. Ele sente pequenos incoveninentes de maneira muito forte".

Segundo Kisliakov, o isolamento de Perelman começou há quatro anos, quando ele recusou a medalha Fields, que seria entregue pelo Rei Juan Carlos, da Espanha. Ele caiu em desgosto e recusou o prêmio porque percebeu que seus colegas matemáticos não teriam notabilidade para ganhá-lo. Segundo a BBC, o matemático também afirmou que a medalha era irrelevante para ele e que o fato de a solução estar correta já seria reconhecimento suficiente.

Conjectura de Poincaré
A conjectura de Poincaré é tão difícil que o Instituto de Matemática Clay, dos Estados Unidos, classificou-a como um dos sete Problemas do Milênio em 2000, prometendo US$ 1 milhão em recompensa para quem solucionasse algum deles. Na época, a solução do problema foi reconhecida como "Avanço do Ano" pela revista especializada Science. Antes disso, Grigory Perelman também tinha recusado um prêmio do Congresso Europeu de Matemáticos, em 1996.

A conjectura de Poincaré foi o único dos sete Problemas no Milênio solucionado até agora. Ela foi formulada em 1904 pelo matemático francês Henri Poincaré e é fundamental para se compreender formas tridimensionais. A conjectura afirma que "qualquer variedade tridimensional fechada e com grupo fundamental trivial é homeomorfa a uma esfera tridimensional. Ou seja, num espaço com três dimensões fechado, sem 'buracos' deve ter a forma de uma esfera", segundo informações da BBC.

sábado, 20 de março de 2010

Técnicas para "chutar" respostas

Esse vídeo é bem interessante, mostrando técnicas para "chutar" respostas em provas que tenham questões com alternativas. Aproveitem!

terça-feira, 16 de março de 2010

Supercondutores, a maior descoberta do séc.XX

Desde a sua descoberta em 1911, o fenômeno da supercondutividade tem sido um dos temas mais interessantes em física.

Pela primeira vez o efeito da supercondutividade foi identificado pelo físico holandês Heike Kamerlingh Onnes (1853-1926) usando o mercúrio, o qual perdeu toda a resistência ao fluxo dos elétrons quando a temperatura baixou aos 4,0 Kelvin (ou -269 graus Celsius) , a temperatura em que o gás hélio se liquefaz.

A pesquisa de Onnes o tornou vencedor do Prêmio Nobel em 1913.

A questão principal é que ainda ninguém sabia explicar como isso podia acontecer.

Em 1933, os pesquisadores alemães Walter Meissner (1882-1974) and Robert Ochsenfeld (1901-1993) descobriram que um material na fase supercondutora repele o campo magnético!

Comportamento muito estranho, pois o funcionamento do motor elétrico e do gerador elétrico está fundamentado no fenômeno da indução magnética, efeito identificado pelo inglês Michael Faraday (1791-1867) em 1831: um ímã em movimento induz corrente elétrica em um circuito de material condutor.

O que acontece é que o campo magnético produzido pelo ímã é repelido pela corrente elétrica induzida no material supercondutor!

O material na fase supercondutora se comporta como um espelho magnético, refletindo o campo magnético produzido pelo ímã.

Esse efeito de repulsão magnética – batizado de Efeito Meissner– é tão intenso que o ímã levita sobre o material que está superconduzindo.

Outro desenvolvimento muito importante foi realizado em 1962, por Brian David Josephson – nascido em 1940 no País de Gales – com a previsão teórica de que a corrente elétrica pode fluir entre dois supercondutores, mesmo quando os mesmos estão separados por um material isolante (feito um sanduiche).

Depois que a sua previsão foi confirmada pelas experiências, Josephson dividiu o Prêmio Nobel de 1973 com o japonês Leon Isaki.

Esse é o Efeito Josephson que tem sido aplicado em dispositivos eletrônicos como o SQUID, detetor de campo magnético de altíssima sensibilidade.

A supercondutividade causou perplexidade em algumas das melhores mentes do século XX até ser finalmente compreendida a partir do comportamento microscópico, em 1957, com a contribuição marcante dos vencedores do Prêmio Nobel de 1972, os físicos estadunidenses John Bardeen, Leon Cooper e Robert Schrieffer, que desenvolveram a teoria clássica batizada por teoria BCS, as iniciais dos respectivos sobrenomes, para descrever o fenômeno da supercondutividade nos metais, ou materiais condutores de corrente elétrica.

Desde o início da década de 1960 tem havido muitas aplicações da supercondutividade incluindo grandes ímãs para obter imagens na medicina e para a física de alta energia, cavidades de rádio-frequência e componentes para uma variedade de aplicações, além de dispositivos de interferência quântica para magnetômetros sensíveis e circuitos digitais.

Em 1986, um sonho de muitos pesquisadores foi realizado com a descoberta dos compostos cerâmicos contendo camadas de cobre-oxigênio – o óxido de metal de transição BaLaCuO (bário-lantânio-cobre-oxigênio) – que superconduzem corrente elétrica com temperatura de 35 graus Kelvin.

A revolucionária descoberta da supercondutividade nesta classe de compostos foi o resultado da pesquisa de Johannes Georg Bednorz e Karl Alex Mueller, pesquisadores do Laboratório da IBM na Suíça, e por isso também venceram o Prêmio Nobel em 1987.

O que surpreende é que essas cerâmicas são isolantes elétricos em temperatura ambiente, mas quando são resfriadas até temperaturas muito baixas se comportam como supercondutores.

Isso implica que a teoria BCS não está mais conseguindo dar conta da supercondutividade apresentadas por esses novos materias, por isso está aberto o caminho para que quiser tentar explicar como a supercondutividade acontece nas cerâmicas, por exemplo.

Atualmente já existem outros materiais e as pesquisas continuam com o objetivo de conseguir o fenômeno supercondutor em temperatura ambiente.

Abaixo, um vídeo mostrando o uso de supercondutores no trem-bala japonês. Ele atinge 500 Km/h, pois não existe contato com os trilhos.